às 09.30 de segunda-feira lá estarei no dentista.
detesto o dentista.
ficar meio sentada, meia deitada naquela cadeira côncava de boca escancarada, holofote nos olhos, babete ao pescoço e tubo enfiado de um dos lados da boca. o não poder engolir de boca fechada, que faz tanta aflição e dá a sensação que me vou engasgar e que me faz querer endireitar-me na cadeira, dar um safanão ao holofote, arrancar o babete, cuspir o tubo e fugir dali para fora.
(mas não sem antes dar uma cuspidela naquele ralo contínuo que me faz lembrar aquela piada do puto no dentista que escarrou e voltou a inspirar para dar mais força ao escarro. perante aquele ralo ciclónico, cuspo sempre tudo até ao limite, não vá o diabo tecê-las).
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