"que seca!" - exclamou. que seca a tua vida e a vida dos nossos amigos. amigos. mais ou menos. amigos distantes, de quem gostas pouco, que fazem trekking e têm os filhos em colégios privados.
"que seca." - pensei. não vocalizei, não precisava. que seca a tua vida no campo feio e frio, perdido nos corgos do alentejo, a ter reuniões com hippies velhos e velhas dominadoras, sem horários nem agenda, a viver numa caravana alemã com o anjinho do boticelli e preocupada com a resolução de conflitos porque "tudo é discutido, não deixamos nada debaixo do tapete".
que seca não estares mais perto.
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