quinta-feira, 24 de janeiro de 2013


escuto rádio durante a manhã para apanhar os programas de auditório, sem dúvida os meus favoritos, e por isso vou apanhando as outras rubricas diárias da tsf: o carloz vaz marques a falar sobre todos os livros da sua vida (diz que lê tudo, mas duvido), o bruno nogueira a gozar com a índia malhoa, os apontamentos sobre os cidadãos que conseguiram (ou esperam conseguir) ultrapassar o desemprego com os cursos e oportunidades do iefp, os boletins da bolsa e os noticiários às horas certas e meias horas.

também escuto as notas de autor, programa diário com “a sociedade portuguesa de autores, onde convidam um autor. Criadores da escrita, da música, do teatro, cinema ou pintura falam do seu próprio trabalho e fazem sugestões diárias do que há para ler, ver e ouvir... e a não perder.”

esta semana a escolhida é leonor xavier, a tal que era casada com o raul solnado mas que morava no porto e enquanto ele vivia em lisboa. imagino que com a mística alexandra por perto, a belfa da leonor preferisse ir lá para o norte, onde o seu defeito de fala poderia ser confundido com um sotaque qualquer de mouros. A primeira crónica foi logo um disparate pegado: uma ciciosa voz que lia, ao longo de 60 penosos segundos, o seu curricula. “eu sou isto, faço aquilo, sou autora, escritora, jornalista, ganhei um prémio daquelas revistas de mulheres iludidas com a vida e cheia de anúncios a cosméticos caros e perfumes enjoativos.” em suma, uma belfa que se tem muita em conta (o que é bom para ela).  terça e quarta (graças a deus!) não a apanhei e esqueci-me daquele minuto agonizante.

mas eis que hoje, a meio da manhã, me entra pelos ouvidos dentro, esperta e decidida, a arrogar-se o direito de me sugerir a mim, simples ouvinte, a sugestão de ir ver o filme “lincol” (ei, onde está o n no fim, perguntei-me eu!?), sobre os últimos meses de vida do presidente norte-americano que aboliu a escravidão. repito: a escravidão. sei: o significado é o mesmo, mas caramba, eu agarro-me aos preciosismos!

que o lincoln aboliu a escravatura nos estados unidos, isso eu sei.

mas desculpem lá: não me lembro de nenhum lincol que acabou com a escravidão na américa. talvez vá ver mesmo o filme do spielberg: é que fiquei curiosa. 

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