sexta-feira, 26 de julho de 2013

hoje, a minha tia faz anos, a minha sogra faria anos e é o dia dos avós.

tenho o nome da minha avó materna e a minha irmã tem o nome da minha avó paterna: felicidade e aninhas.

já o meu irmão herdou o nome de um cantor romântico brasileiro...

terça-feira, 23 de julho de 2013

hoje, ao telefone, quando o meu pai insistia com a minha mãe que queria falar comigo, ouvi-a dizer:
- é a susana! não, não pode falar contigo, está muito ocupada. não pode!
ele respondeu, em tom de escárnio:
- você está-me a roubar a filha!
a minha mãe riu, deliciada com a maldade e concluiu:
- estou a falar com a minha susana. minha. só minha! e deu uma gargalhadinha maliciosa.

é verdade. a minha mãe roubou os filhos ao meu pai, assim como a minha tia lhe tirou as filhas.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

os autocentrados, os egocêntricos, são tão focados em si mesmos e nas suas vidas que se recusam em ver os estilhaços que as suas granadas deixam cravados na carne dos que os acompanham. os esgares de dor que provocam a cada momento que os estilhaços rasgam a pele não os incomoda: olham com uma certa passividade, indiferença.  e a cada nova detonação sentem que a sua presença se agiganta cada vez mais perante todos os outros: todos gravitam em torno das suas vidas e das suas opções, por mais obtusas que sejam.

os autocentrados são déspotas que geram com mão de ferro a vida dos outros e os submetem a obrigações diárias. mesmo quando passam o dia rodeados de palavras de ternura e preocupação, sentem-se sós, uma solidão palpável mas não real, através da qual justificam o seu egoísmo.

os autocentrados não têm capacidade de interpretação da realidade: vivem numa espécie de sonho-pesadelo que recusam mas ao qual não resistem. e acabam mesmo por se tornarem maçadores, entediantes, chatos.

deviam ser todos corridos a tabefes, esses autocentrados.

terça-feira, 9 de julho de 2013

elis vive pela filha. fechando os olhos, quase conseguia acreditar que ela estava ali, a cantar. se tivesse uma filha e morasse no brasil (e não estivesse com o manel) teria uma filha chamada elis. e um filho chamado fausto.




segunda-feira, 8 de julho de 2013

sempre a leio, é como se levasse um tabefe na cara. daqueles finos, de surpresa, que nos fazem saltar as lágrimas dos olhos, mesmo quando não queremos.

por isso passo tempos que a ignoro, sabendo que quando volto, e sempre que volto, a sensação está lá: o tabefe. a estalada. o murro na barriga. a surra. a tareia, daquelas que nos deixa o corpo moído, imóvel, exausto.
pois que o dia começou bem, com uma barata pré-histórica a passear-se pelas costas do manel. tamanho família, enOOOOOOOrme. gritei como se me tivessem decepado uma falageta. hoje hei-de percorrer a casa em estado de pânico e de chinelo na mão, a dar guinchinhos às sombras e às moscas.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

louca, diz ela

há um blog por aí de uma mulher que é louca por sapatos. sim, sapatos. pela fotografia de capa do blog, onde a mulher dispõe alguns dos seus sapatos, concluo que, para além de ser louca é uma parola desprovida de gosto. os sapatos são feios, comprados na loja do chinês e devem fedem a borracha em dias de mais calor.

esta gente, que se acha gente só porque sabe redigir dois parágrafos seguidos e abusar das reticências e dos pontos de exclamação, devia ser proibida de escrever publicamente. facilmente podem ser consideradas uma ameaça à sanidade pública mental pela quantidade de menoridades que redigem. quanto a mim deixam-me entre o catatónica e o à beira de uma ataque de riso incontrolável...