quinta-feira, 31 de janeiro de 2013


há dois anos atrás, o tempo de espera deu para terminar de ler o livro “paris é uma festa!” na sala dos ctgs. tinham-me assegurado uma cesariana antes do pequeno almoço, tentaram convencer-me por optar por parto natural durante o almoço e vi-me no bloco operatório à hora do lanche. nasceu com 41 semanas e chorou todas as noites na maternidade.

ser mãe é a melhor coisa do mundo (mas também a mais extenuante!). se ganhasse o euromilhões, a primeira coisa que fazia era engravidar. 

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

talvez não devesse ouvir os radiohead com sintomas de depressão e ansiedade diagnosticados.


fake plastic trees
Radiohead | 1995

(que se foda. se paris vale uma missa, os radiohead valem muito mais que as palpitações e a tristeza.) 

terça-feira, 29 de janeiro de 2013


mas que palhaçada é esta? dançar pelo fim da violência? mas está tudo louco? lírico?! a ana gomes que vá à merda porque nunca deve ter recebido um tabefe bem dado naquela tromba dela. mas se quiser saber, não tem problema: deixo crescer o buço e as patilhas e dou-lhe uma boa sova, para que ela (quiçá as amigas do parlamento) saber o que é.

Ana Gomes dança pelo fim da violência contra mulheres

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

sou muito básica. só amo quem me ama.

o resto não me importa e não mendigo amor.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013


no forum tsf, uma mulher protesta a respeito da anunciada restruturação da rtp e diz:

"aquilo está cheio de lobios!"

o povo-povo é muito bom!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013


escuto rádio durante a manhã para apanhar os programas de auditório, sem dúvida os meus favoritos, e por isso vou apanhando as outras rubricas diárias da tsf: o carloz vaz marques a falar sobre todos os livros da sua vida (diz que lê tudo, mas duvido), o bruno nogueira a gozar com a índia malhoa, os apontamentos sobre os cidadãos que conseguiram (ou esperam conseguir) ultrapassar o desemprego com os cursos e oportunidades do iefp, os boletins da bolsa e os noticiários às horas certas e meias horas.

também escuto as notas de autor, programa diário com “a sociedade portuguesa de autores, onde convidam um autor. Criadores da escrita, da música, do teatro, cinema ou pintura falam do seu próprio trabalho e fazem sugestões diárias do que há para ler, ver e ouvir... e a não perder.”

esta semana a escolhida é leonor xavier, a tal que era casada com o raul solnado mas que morava no porto e enquanto ele vivia em lisboa. imagino que com a mística alexandra por perto, a belfa da leonor preferisse ir lá para o norte, onde o seu defeito de fala poderia ser confundido com um sotaque qualquer de mouros. A primeira crónica foi logo um disparate pegado: uma ciciosa voz que lia, ao longo de 60 penosos segundos, o seu curricula. “eu sou isto, faço aquilo, sou autora, escritora, jornalista, ganhei um prémio daquelas revistas de mulheres iludidas com a vida e cheia de anúncios a cosméticos caros e perfumes enjoativos.” em suma, uma belfa que se tem muita em conta (o que é bom para ela).  terça e quarta (graças a deus!) não a apanhei e esqueci-me daquele minuto agonizante.

mas eis que hoje, a meio da manhã, me entra pelos ouvidos dentro, esperta e decidida, a arrogar-se o direito de me sugerir a mim, simples ouvinte, a sugestão de ir ver o filme “lincol” (ei, onde está o n no fim, perguntei-me eu!?), sobre os últimos meses de vida do presidente norte-americano que aboliu a escravidão. repito: a escravidão. sei: o significado é o mesmo, mas caramba, eu agarro-me aos preciosismos!

que o lincoln aboliu a escravatura nos estados unidos, isso eu sei.

mas desculpem lá: não me lembro de nenhum lincol que acabou com a escravidão na américa. talvez vá ver mesmo o filme do spielberg: é que fiquei curiosa. 

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013


hoje, a lana é que devia cantar o hino.
(a beyonce é tão xoxa, com aquele cabelo louro e nariz afilado)


national anthem
lana del rey | 2012

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

não me adianta casar nem apresentar o irs em conjunto. mais vale ser mãe solteira de um filho de seis anos que partilha a casa com um pai solteiro com um filho de dois. vou perder 7% do meu rendimento mensal.

para nada, diga-se a passagem, para nada.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

estou a ouvir a mega fm. estão a dar a mais recente música da rihana.

detesto-a, à rihana.

levou na tromba do desprezível namorado, denunciou-o, deixou que a cara esmurrada fosse publicada na internet, assumiu-se como vítima de violência, atacada pelo pinga-amor. transformou-se num modelo para as suas fãs, e fez valer aquilo que todas prezamos: que nunca nenhuma mulher deve permitir que homem algum lhe toque, lhe bata, que a agrida, esmurre, ataque, espanque. tornou-se um emblema, um exemplo, quase uma santa, de cabelo curto, olhos de gato.

mas como tantas mulheres, voltou atrás. está com o namorado outra vez, fotografa-se com verme, publica as imagens nas redes sociais, canta duetos com o bicho e perdoou-lhe os tabefes. a puta. a cabra. a estúpida.

agora sim, é que merece levar uns valentes estalos. e eu sou a primeira da fila, de mão em riste.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

a minha irmã diz que não gosta de fado. é muito parvinha. a sorte é que gosto dela assim, parvinha.


Ana Moura
"Fado da Procura" | 2007
eis um país cheio de energúmenos mas de gente civilizada, gente que sabe e pratica democracia:

Waiting on a freezing platform at 6am and not even getting a seat: Transport Minister FINALLY realises what it's like to take the train to work  

este ministro foi acusado de gastar 80 mil libras ano num motorista. eis o resultado.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013


‎"os deputados são humanos como todos os humanos"
 mendes bota, presidente da comissão de ética da AR, a propósito da deputada do ps apanhada a cair de bêbada.

(esta gente é toda fina!)
a respeito do fim do mundo que se avizinha, um sociólogo de viseu acabou de dizer no forum tsf que os pais das crianças de hoje conseguem dar-lhes menos que os pais da geração antes do 25 de abril, que tinham mais de 10 filhos. não disse isto textualmente mas mais ou menos.

vou repetir: é um tipo que se identifica como sociólogo, não é um analfabeto funcional com o 9º ano. é um gajo com um curso superior e capacidade de interpretação. ou seja, ele acha que neste país se vivia melhor no tempo do salazarismo. que as famílias eram mais ricas, tinhas mais posses. que as crianças andavam mais bem nutridas e tinham acesso a saúde e educação.

caraças, onde terá este tipo tirado o seu curso?

O documento, que já foi entregue ao Governo português, refere que há classes profissionais (polícias, militares, professores, médicos e juízes) que têm "demasiadas regalias". 

só me faz lembrar esta música do REM:

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

"papá! papá! papá!" tenho o meu filho mais novo ao colo e ele berra a palavra papá como se não houvesse mais nada no seu limitado léxico. para ele, tudo é papá. achei piada ao início, ria-me e tal, dizia "é tão engraçado!" e imitava-o "papááááá!". até porque, antes do papá, tudo era mamã. mas agora, tudo é papá. o papá, a mamã, a vovó. papá.

tenho o meu filho mais novo ao colo, beijo-lhe a testa, cheiro-lhe a orelha e digo "mamã. eu sou a mamã. ma-mããã!". ele olha para mim, ri, faz um ar de triunfo absoluto, levanta os bracinhos e esgoela-se num "méééééééé!".

(caraças do puto!)

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

não tivesse eu felicidade como nome próprio.


às 09.30 de segunda-feira lá estarei no dentista.

detesto o dentista.

ficar meio sentada, meia deitada naquela cadeira côncava  de boca escancarada, holofote nos olhos, babete ao pescoço e tubo enfiado de um dos lados da boca. o não poder engolir de boca fechada, que faz tanta aflição e dá a sensação que me vou engasgar e que me faz querer endireitar-me na cadeira, dar um safanão ao holofote, arrancar o babete, cuspir o tubo e fugir dali para fora.

(mas não sem antes dar uma cuspidela naquele ralo contínuo que me faz lembrar aquela piada do puto no dentista que escarrou e voltou a inspirar para dar mais força ao escarro. perante aquele ralo ciclónico, cuspo sempre tudo até ao limite, não vá o diabo tecê-las).